setembro 30, 2004

E então pessoal, como é que é?..

"Meta na sua cabeça de uma vez por todas, não é falta de vontade.."

Rafael..

Tenho andado ausente. Com pouca paciência para escrever, com aulas todos os dias atè às oito da noite, ando a "passear" de casa para a faculdade, da faculdade para casa, aumentando a cada dia a matéria da aula e o peso da responsabilidade académica. E os trabalhos..são tantos e tenho de pensar em todos neles. É complicado. C. T. é a disciplina que mais me entusiasma por ser tão dinâmica e puxar tanto pela minha criatividade. Finalmente. Depois de três anos de marranço, de teorias abstractas e intermináveis, podemos fazer mesmo algo para nós, tudo fruto da nossa imaginação e..vou ter mais trabalhos: H. A. P., M., S., S.C. são os felizes contemplados.

De resto..Há coisa de dois fins-semana atrás, já depois das aulas terem começado, fui passar um fim de semana a Stª Cruz a casa de um amigo meu. Na altura, não me encontrava muito sociável, pelo contrário, bastante fechada e irritável. Mas aceitei o convite como um desafio para superar as minhas anomalias passageiras, tendo um excelente resultado pois fartei-me de rir, de me divertir, apanhei um tempo fabuloso na praia, fiquei a dormir num anexo cheio de cultura [T. bela "fnac doméstica", não é?], comi bem e à portuguesa, e conheci uma simpática checa, a Suzanna, de cabelo liso aclarado e olhos esverdeados. Tinha uma genica diabólica a jogar raquettes na praia e estudava engenharia civil. Tenho saudades dela.

No sábado passado fui ao jantar de anos do L. Fartei-me de beber sangria, sentia-me uma esponja que tinha de ir, sucessivamente e regularmente, à casa de banho. Mas o principal objectivo era divertir-me e consegui concretizá-lo. Ri, comi, perdi alguma da noção de sentido das coisas: estava ali a enfrascar-me ou a perder o juízo?É a nesna coisa? Ou será que nunca tenho juízo? Mas soltei-me, disse o que me vinha à cabeça e fiz todos os disparates, descontraídamente, como se não houvesse problemas, nem impedimentos. Finalmente, senti-me verdadeiramente extrovertida, algo que sou muitas vezes no meu complexo comportamento.

Acabei de ler "A Tragédia na Rua das Flores", do Eça de Queiroz. Se são amantes do Eça e da sua literatura descritiva, rica e emotiva, recomendo vivamente este livro. O título é a melhor síntese que se pode arranjar para fazer uma apreciação geral da obra. Comprem o livro. Leiam. Experimentem. Nunca me canso de ler as coisas do Eça e o "Primo Basílio" continua a ser uma das minhas obras preferidas. Maravilhosamente bem escrito, a nossa imaginação tem as comportas abertas para entrar no mundo das personagens e esboçar cada detalhe. Cada fisionomia viva, cada andar, cada côr pintada. É tudo ao critério do leitor. Mas haverá coisa mais livre, subjectiva e maravilhosa que conceber um mundo só novo, ler uma história e adaptá-la à nossa vivência e inteligência?

"The Village". Não vi mas quero ver. Adoro cinema e já não vou ao cinema há um bom par de semanas. Confesso que me tem feito muita falta. Já sabem, aceito convites.

Agora, vou arrumar as "meias", uma expressão para "guardar os podres dentro de uma gaveta cerradinha" e vou continuar o meu diário sobre a fabulosa viagem ao Egipto. A terra mais linda que conheço..

"Viu o anúncio?.."

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