outubro 28, 2004

Experiências, indecisões e ovos mistos..

Um dia. O último dia em que escrevi sentia-me mal, melhor, sentia-me longe de tudo o que estava na minha íris, distante de certos objectivos que sabia que não podia evitar, longe do que queria, do que desejava e do que temia. Porque muitas vezes aquilo mais ansiamos ter é o que mais receamos. Se ao menos, conseguisse entender porque é que é tudo tão difícil de aocntecer na minha vida. Não sei se é azar, se sou eu que não procuro nada, se procuro de mais, ou se n é suposto acontecer nada. A minha esquizofrenia está a ficar crítica..E como ja disse ao D. Deus ando a gozar comigo, a controlar a minha vida como se não fosse nada. É isso, faz todo o sentido.
"Pôxa cara, se liga vais, né moça..Cê não tem qualquer hipótese." Sim, é isso mesmo, não leram mal. O "raios parta o homem" está no nordeste brasileiro, rodeado de mulatinhas de olhos esverdeados e bumbuns gostosos, a beber uma caipirinha, a fazer zapping a uma televisão, controlando-a e dominando-a com uma facilidade, tal e qual como controla as nossas vidas. Na sua pequenina tv vê-me a cada instante, desencontrada nos meus objectivos, no meio de uma espiral e de uma labirinto sem saída, sem solução para os problemas do dia-a-dia.
"Ó moça, não grila não, cê não chega para isso..UaHAhUAHAUAhauahaAH..".
Ups..seems like i'm going nuts..
O dia ontem foi mas divertido, tanto porque a minha loucura aumenta cada vez mais e porque tive companhia, o que me permitiu dar asas às minhas acções de uma maneira inapropriada como eu gosto. Às tantas, tava a ver se ia para cima de uma mesa do bar dar um berro da revolta e da fúria. Tenho muitos flashbacks destes a meio de qualquer coisa, às vezes quando estou numa aula, uma imagem pasa-me pela cabeça e deixo de ouvir, troco as coisas, e quando estou errada nas minhas trocas, sinto um certo pesar, afinal de contas as coisas não podiam ser mais trocadas de vez em quando, para fugir à norma? Aliás, se tudo fosse mais diverso e bem mais excessivo em diferenças, só ganhávamos com isso. O mundo tornava-se um desafio muito maior.
Hoje encontrei o N. Foi uma companhia até ao metro e cá estou eu, na velharia informática da UCP, pronta para uma aula de M. Sinceramente...Hoje tou naqueles dias em que escrevia, escevia, escrevia, escrevia o dia todo.. [Quer dizer, também tenho de comer e ir à casa de banho de vez em quando, não sejam egoístas caraças..] Acho que a escrita me liberta e me faz sentir um pouco mais leve, apesar de ter o mesmo peso..ahaha..piadinha seca..
Voltarei à noite para mais teorias de estado do espírito e para uma especial despedida, pois neste fim de semana irei para outra terra, bem diferente desta..L.

outubro 26, 2004

Another riddle...

Cá estou eu de novo, no meio das minhas embaraçosas vivências
universitárias, no meio da universidade, no seu melhor. Cibernautas no MSN,
o
resto é treta.
Hoje não é o meu dia, de certeza absoluta. Sinto-me isolada da vida, de tudo o que me podia por bem e feliz. Como se houvesse um guarda em cada esquina, num portão de um jardim verde e florido, num belo dia colorido. Ele usa o seu apito fulminante, endireita-se como se estivesse num espeto e diz: "No acess possible!". Não me perguntem porque é que o gajo respondia em inglês, só me pareceu mais natural e melhor, fazendo lembrar os polícias ingleses, com o seu sentido sotaque e rigidez muscular.
A manhã é longa e o almoço é curto. Voltei a experienciar uma sensação de pânico que já não sentia há bastante tempo. Não foi agradável. Aquela sensação de fugir, os corpo a tremer, o calor..
A incapacidade de obter um bem precioso é inalcançável, impossível, fora dos meus limites como ser humano e mortal. Pelo menos é o que parece. Se não é assim...porque é que todos os meus esforços são vãos? Tenho um muro à minha volta que não consigo quebrar, sinto impossibilidade de passar por abismos de loucura e túneis fantasmagóricos de alucinações..
Não sei se estou a delirar, se sou assim por natureza ou se hei-de um dia ter sorte na minha vida. Não entendo mais nada, não consigo ser irracional de uma forma racional e vice versa. Controlar os pensamentos, manipulá-los e forçá-los. Quebrar o limite, viver em excessos controlados.
Hoje não é um bom dia. Tudo é cinzento e escuro. Quero muita côr.

outubro 24, 2004

13/09/04


Domingo brejeiro, em que raios de luz andam sumidos..
Voltei amigos, depois de várias semanas se ausência. Não me
esqueci de vocês, de mim, deste blog..apenas andei a deambular por outras
terras, as terras da realidade, que muitas vezes são feias e difíceis de
encarar. As semanas vão passando, o outono vai florescendo e dando, cada vez
mais, o ar da sua graça com a chuva, o tempo incessante de leite quente e
torrada, o cheiro das castanhas ao longe, a roupa quentinha e uma vontade de
refúgio no divertido e agradável.
Daqui a pouco já é Natal. Árvores por todo o lado, luzes,
flocos de neve artificais e outras coisas. Quando chega mesmo o Natal já
ninguém
pode ouvir falar de carrols e outros afins. Mas eu gosto
muito do Natal
sempre gostei e sempre vou gostar do espírito. Mesmo que o
Natal hoje em dia se
baseie em cartões de crédito, compras e consumismo, é
sempre um escape saudável,
uma forma de pensar que a humanidade se pode
juntar, ser feliz, acreditar em
qualquer sem ser a fome, a guerra, o ódio,
as estúpidas intervenções do Bush que
deve ganhar de novo as eleições.
Aqueles americanos...No que andarão a pensar
para votar naquele
anormal?!?!?
Anyway..Tenho andado nas aulas, com um peso nas minhas costas
que não sei cm resolver..[não tou com nenhum problema na coluna, é mesmo o
peso
dos trabalhos e tudo o resto].
Ainda ando a tentar escrever o meu diário..só que é cada vez
mais difícil, o tempo passa e sinto-me distante daquele longínquo mês de
Julho,
onde tudo me parece agora um flash de inefáveis emoções. Tenho
saudades das
pirâmides, na sua monstruosa beleza, da esfinge, do Nilo num
calor que emana
magia, banhado pelo tortuoso sol. Tenho saudades da Ana,
saudades do exotismo,
da viagem, do desconhecido, de cruzar caminhos fora do
meu alcance do
quotidiano.
Se estiverem atentos, estarão curiosos em relação ao título deste post..
Digamos que me diz alguma coisa, é uma data especial..
"Vamos ao Placard"..
Tás na minha cabeça, dia a dia. Agora só penso em ti, no teu olhar, a incidir sobre mim, numa seriedade ingénua. Penso no teu cabelo preto, na sua suavidade, penso num sorriso que contemplo através de uma visão, penso na tua voz, no nariz de Deus. C. és soberbo.