Em Valladolid pouco vi. Acabei por estacionar numa loja, super mega grande. Havia de tudo, desde uma mercearia em que um pacote de Cheetos custava 3 pesos (note-se que não é o mesmo que 3 euros), até um espaço gigante, cheio de esculturas e coisas artesanais. Perdi-me no meio de tanta coisa e sabia que já não ia ter muitas mais oportunidades para gastar uns cobres, por isso aventurei-me e larguei os cordões à bolsa. O vendedor tinha muita sabedoria, sabia o que dizer para me fazer comprar, mas acabei por comprar várias coisas aos poucos, regateando sempre. Dasse, vocês sabem lá a confusão que é, converter as moedas e perceber se devo pedir um preço mais baixo ou não.
Enquanto os meus camaradas se passearam, encafuei-me ali, só tendo tempo para tirar uma foto na praça central (tal como havia em Mérida e noutras cidades coloniais). "Chula", disse David, o motorista. Interroguei-o e ele disse "guapa". Sorri e corri para a carrinha de vidros fumados, procurando um refúgio.
Riviera Maya. Era esse o próximo destino e o destino final do circuito. Agora era altura de curtir a praia, beber uns copos e disfrutar calmamente do paraíso magnânime que me era oferecido. Cada casal ia para um hotel diferente. No meu caso, o Kantenah não era escolha exclusiva. Para lá iam também mais dois casais. Adivinhem quem..Provavelmente não. A espanhola com ar de miúda. Bingo. Ah e outro casal..
Despedi-me dos demais e lá fui eu..Mal sabia o que me ia acontecer..4734. Era este o meu quarto, a minha gruta durante os dois dias seguintes, até voltar à dura realidade.
Mal cheguei reparei no exotismo que rodeava o cenário. A selva pura, as aves, o calor húmido. O verde predominava, a flora era riquíssima e o hall de entrada do hotel parecia muito magnífico. Talvez não tenha escrito como queria, mas n sei como descrever melhor o que se passava. Era de uma beleza sem fim, cheia de requintes e extravagância. Um chão brilhante que reluzia, uma panóplia de empregados de chapéu de côco, sempre prestáveis. O bar era do lado esquerdo, feito do seu balcão comprido e copos brilhantes. A recepção, do outro lado, acolhia os recém-chegados. Ao centro um combinado de mesas, sofás fofos e um mini lago com repuxo e peixes. O espaço era semi aberto, sem paredes, dando abertura para a paisagem selvagem.
Cheguei ao quarto e maravilhei-me com tanta..com tanta..err..grandeza. Cama King Size, ar condicionado, mini bar cheio, pinturas da Frida Kahlo na parede..Ya, coisas dessas. Aperaltei-me e, já fresquinha, fui explorar o hotel. O Complexo tinha 4 hotéis ao todo: Kantenah, Colonial, Riviera e White Sands. Todos faziam parte do Palladium (o hotel geral, digamos..). Passeei e percebi que o hotel era mesmo..grande..demasiado grande e que não haveria tempo para conhecer todas as iguarias.
Decidi ir jantar. Se tivesse mais tempo e memória, descrevia tudo ao pormenor. Mas como são coisas que não tenho neste momento - para além da paciência - só vos posso dizer que o buffet era rodeado de um lago cheio de peixes laranjas, todo envidraçado. Enchíamos o estômago e regalávamos a vista. Passei o espírito por aquele espaço, mesmo sem encher o estômago, tentando captar a essência humana daquele espaço. Muitos americanos - gordos, na grande maioria - e alguns japoneses. Portugueses, nem vê-los. Uma variedade de comida infindável decorava cada esquina e cada pormenor: peixe, carne, fritos, grelhados, fruta, entre outros e tal.
21:30. Sabia que ia haver um espectáculo e fui para o teatro. Só não sabia que ia ser para eleger a Miss Palladium....
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