maio 09, 2006

" Tabaco, pizza e sexo"

" Tem boa imagem? É que se não tem, mais vale não vir.."
Amigos, amigos. Tcharann. A Puma está de serviço, novamente, ao vosso dispôr para responder às vossas dúvidas - isto se, vocês se dignassem a dar-me algum feedback, né? - e partilhar as vossas ansiedades. Não receiem o desconhecido, abracem-no como se fosse a coisa mais importante da vida, porque nunca sabemos quando é que ela vai ter um fim, não é?
Vá, não sejam tão críticos e rígidos comigo. Disse algum crime? Não, pois não? A vida é algo muito frágil. Cada vez tenho mais certezas disso, basta-me ver que um idiota qualquer na América invade culturas alheias, invocando os grandes valores da humanidade, espalhados peloa grandiosa Revolução Francesa de 1789, com o único e semítico objectivo de tirar os louros e os créditos para si, chupando qualquer regalia política e financeira. Para resumir, que eu ainda quero ir fazer a mudança do meu tio-avô para Alverca antes da meia noite, o cabrão quer o petróleo. Quer a massa, a pasta, o carcanhol, quer o bem bom, quer ir para oa Brasil durante 6 meses e sair de lá mais preto que um perú assado no dia de acção de graças americano, quer ir ter com o Bin Laden para organizarem um Ména.. Ups. Calma. Estas duas últimas coisas não faziam parte da lista. De qualquer das maneiras, não culpem o meu humor sarcástico. Desta vez não fui irónica, nem nada, nem o utilizei. É que o homem é mesmo um grande bronco e mais valia ter ficado no Texas a fazer criação de gado, a fazer pequenos almoços cheios de bacon e ovo para o rancho de filhos (ou filhas) que já conhecem o sabor do álcool desde que choraram pela primeira vez - ou seja, desde que nasceram - e..ups..eu não queria dizer que as filhas do Bush têm fama de alcóolicas..mas olhem..saíu-me..Mesmo depois de tudo o que eu disse, acho que, pelo menos, se tivesse ficado no Texas poderia ter tido a sorte de entrar no "Brokeback Mountain", melhorar a sua arte para a pesca e desejar querer desistir de um amor gay, impossível perante os olhares azedos da época, em vez de, agora, querer desistir do petróleo.."Oh I wish I could quit you..". Palerma..
Ontem tive uma boa companhia para jantar. É engraçado reparar nos pormenores das situações, não quando as estamos a viver, porque muitas vezes isso não é possível, mas sim quando as recordamos. E, azafadamente, parece que surgem uma data de coisas na nossa cabeça que antes não tinham surgido. É o chamado "Viver da Nostalgia". É? Quer dizer, não sei se é..Digo eu agora! Mas ao "nostalgear", ao recordar momentos de um passado não muito distante, temos não uma imagem perante nós, mas várias facetas e silhuetas dessa pessoa, um resultado amadurecido e recolhido pelas várias horas que se passaram em amena cavaqueira e espontaneidade, onde a verdadeira nunca toma um papel activo. Talvez porque não haja a necessidade de pensar antes de falar. Não vos parece lógico? Eu gosto de me relacionar com pessoas que tenham essa capacidade - apesar de podermos acabar a dar cabeçadas uns nos outros se tivermos opiniões divergentes - e mais, que não só tenham esse dom, mas como também o compreendam e apreciem, porque a meu ver, hoje pensa-se demais, reflecte-se demais antes de estar com alguém. Estudam-se os pormenores, encenam-se as coisas. É óbvio que isso é inevitável em certas situações. Vivemos de máscaras, de clichés, de um vestuário que forma uma imagem, de sinais importantes que vão fazer com que o próximo forme uma impressão da nossa personalidade, logo nos primeiros segundos de visualização. Não é interessante? É instintivo, faz parte de nós olhar e avaliar, fazer das pessoas meros rótulos e agrupá-los na prateleira, tal como alguém há uns anos uma vez me disse. E para quê? E para quê não falar o que me apetece no momento? Numa iluminação acolhedora, com uma música ambiente e umas vagas flores artificiais coladas à base de uma jarra de plástico, fatela e qualquer, porque não abrir a boca e falar ao na mesma banda sonora que o meu pensamento, difuso e complexo?
Luz. Cheiro. Um sabor crocante que nos aquecia o estômago. Um desejo reprimido. Lentes vagas, personagens ausentes. Palavras soltas e uma bola de fumo que se soltou na frescura da noite.
Depois disso, só sexo. Muito, muito sexo com uma pitada de infoteinment.
Qual é a coisa, qual é ela? Pois, vocês não adivinham e eu não me chamo Daniela.

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