novembro 13, 2006

Vidas atribuladas

Toda a gente que me conhece minimanente, sabe que eu não páro quieta um segundo. Nem que seja por dentro, na minha mente. E aborreço-me facilmente. Por isso tenho sempre que engendrar esquemas para me distrair e divertir que é, acima de tudo, o mais importante nesta fugaz vida. Sem diversão e prazer, sem um belo esforço recompensado, as coisas tornam-se muito mais difíceis de viver e ser ultrapassadas, talvez porque perdem a graça ou o sabor. De que me vale passar a vida aborrecida, de cara de vela apagada e corpo de goma? Sei que era mais fácil ser simples e resignada. "Ah e tal..isto é muito mau e tal, mas é a vida". Mas como não sou uma portuguesa típica nesse sentido, portantoss, paciência.

Vim do México, do calor, da praia, das bebidas, das conversas com os empregados de hotel, da absorção da cultura e só me consegui chatear. Cheguei a Portugal e voltou tudo ao mesmo. E desde que comecei o estágio, muita coisa mudou. Do dia para a noite fiquei sem namorado, sem vida social, sem tempo. Digo-vos, foi melhor assim. Não me sentia feliz, era como correr atrás de algo que desejasse muito e estivesse sempre a cair e a tropeçar. De seguida levantava-me de novo, mas por muito que quisesse, já não conseguia correr tanto e da mesma forma..destemida. Os meus sentidos já estavam desconfiados e mantinham-se alerta para qualquer possível acidente de percurso. Corri e caí que me fartei. Não aguentei mais manter uma relação que não existia. E libertei-me. E o trabalho distraíu-me.

Abri os horizontes do olhar, da mente e corri em direcção aos objectivos que comecei a conhecer no dia-a-dia. Cresci, morri, renasci. É tão mais fácil procurar a aventura e os desafios do que ficar à espera que ela nos caía, que a obra do destino nos seja favorável e nos dê novas oportunidades. Infelizmente - ou não - as coisas não funcionam assim. Não sei bem o que acabei de dizer, mas apeteceu-me e fez-me bem..O stress faz mal, meus amigos. Não se deixem levar por ele e arrisquem-se sempre a questionar as coisas. Parece de doidos..Parecendo que não, ajuda (Brunito, tamos contigo pá..). Hasta la victoria siempre. L.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sabes tal como a sociedade onde vivemos que está numa mutação constante, tambem nós muitas das vezes temos de nos reinventar todos os dias, com os nossos sonhos, com os nossos valores e sempre com a cumplicidade daquilo que acreditamos. Sê tu própria
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Jose